Estudo de caso



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Reencontros. Recomeçam antes da hora marcada, embrulham o estomâgo e geralmente acontecem quando você está mais distraído. Na época deste relato, estava completamente alérgica a flertes em vão, muito bem acomodada em mim e sem nenhuma dívida amorosa. Minha primeira reação foi paralítica, não consegui pensar e agir e, depois do susto, passei a falar loucamente enquanto arrumava minha gaveta de calcinhas. No caso deste fato, não houve esbarrões no meio da rua e nem pistas preventivas de que o dia estava para chegar. Simplesmente, a Oi ligou para Vivo e a partir daí os planetas voltaram a buscar a mesma rota vertiginosa. O desejo. Foi o desejo que fez este Rapaz ligar para esta Moça. Aqui, eu. Eu... Bem, eu fiquei pensando na melhor maneira de esconder minha espinha, especulando respostas e tentativas de garantir minha espontaneidade e em como a minha, a sua, e a consciência de todos os seres vivos não têm a menor chance de vitória num quebra de braços com Kairós. O tempo dos outros não pede permissão e costuma agir ditatorialmente. Na hora do reencontro, ele fica grande e gritão, assustado com a idéia de que talvez não seja mais possível fazer nada, só fingir que o reencontro não aconteceu.

O que importa é que Kronos rege e isso tudo passa.
Um pouco antes da hora, ensaia-se muito, mesmo sabendo que a vida é uma jam session cubana. Quando chega a hora, o papo flui e você só pensa em como conseguir fazer sua mão esbarrar na dele de uma forma mágica. Foi ótimo o reencontro. Ele é realmente especial. Voltando pra casa, o dedo médio do Rapaz buscou a mão desconfiada da Moça. Um quase beijo. E muitas perguntas.


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Comentários

ALGUNS disse…
Que fofo Perry!!

Amo vc.

Merry.