março de 2014
hoje eu penso em coleções, mesa de bibelôs, prateleira com miniaturas, baús, porta jóias, mosaicos, colcha de retalho, e também em geradores, turbogeradores, cataventos, cataclismas, simuladores de força, repulsões em béqueres, furacões, tsunamis, maremotos. e penso também no meu tempo, no hoje, na vida amiga do smartphone. os celulares entraram no nosso cérebro. eu nunca mais serei pequeno como antes. a imagem da lente do microscópio ou quem vê pela lente do microscópio. se a coisa só existe a partir da minha experiência, o que são as coisas? pequenas insignificâncias? insignificantes que quanto mais insignificantes mais exigem palavras para descrevê-los. as menores coisas não têm pudores com as palavras, precisam de detalhes, longas frases, idiossincrasias. eis o paradoxo do tamanho.
Comentários